segunda-feira, 12 de novembro de 2007

Nessa vida vão passar, pessoas como eu e você.

Entro no ônibus, já angustiada. Por que as piores brigas de mãe e filha tem de ser por motivos mais tolos do mundo? Ou nem tanto. Chuva forte na cidadezinha, pego meu livro e coloco os fones. Por instantes me desligo das crianças chorando, menos do cheiro forte de salgadinho. Atraso. "Amor, to chegando!" Meia hora depois. Mas enfim, sã e salva. Lá estava a me esperar com aquele olhar de cachorro sem dono, to aqui, to aqui. Abraço, beijo. Saudaaaade de doer. Táxi. Chuva, apartamento.

Embora todos os instantes ao teu lado passem muito depressa, não importa onde estivermos, mas sim a tua companhia. Quando começo a falar nisso, meus olhos ficam cheios de água. Não é bobagem o que sinto, e é um medo te perder. Fora o ciúme duentil. Mas isso é outra história. Todos os risos, olhares, músicas, gostos e cheiros. Momentos pelos quais eu não trocaria por nada nesse mundo, que foram, estão sendo e serão únicos. "Não importa o lugar, nem se a cerveja não esteja gelada.." Isso já ta parecendo uma despedida. Eu heim.
É meu bem, ninguém mandou vir pra minha cidadezinha, fazer festa. Sofra as conseqüências. Vai me aturar por muuuito tempo ainda. Inclusive as miguxas. hahah

"Amando sem fazer de conta
Querendo porque vai dar conta."

By me. 14:22h. ;*

terça-feira, 16 de outubro de 2007

"A mente ociosa é o Jardim do Diabo."

Estevão é o tipo de escritor de sucesso que ninguém conhece. Publica um livro por mês e, ainda assim, não freqüenta a lista dos best-sellers. Suas histórias são uma mistura bem dosada de paixões avassaladoras, crimes misteriosos, paisagens exóticas, e a cada nova história um novo nome aparece na capa, todos americanos. “A grande trepada por volta da página 40, o encontro final com o vilão, e o desenlace, a partir da 90.” Seu herói chama-se Conrad, e isso não muda, ele sempre se chama Conrad. Estevão não tem um pé, e mora só em um edifício. Há uma moça que vem para fazer a faxina duas vezes por semana, chama-se Lília, mas essa, sempre acaba em sua cama. Há também Dona Maria, a empregada. “Abaixa o rádio, dona Maria!” Estevão passa o dia batendo na velha máquina, e tentando não prestar atenção ao desfile de desgraças que o rádio da empregada lhe serve toda manhã. Um programa de auditório que parece durar o dia inteiro. Conflitos entre família: pai que matou a filha, filho que é maconheiro, o apresentador ajuda, dá conselhos, e o auditório aplaude. Assim vivia Estevão, até que certo dia um cara bate a sua porta e apresenta-se como inspetor Macieira. Surpreso, por não costumar receber visitas, ele o convida pra entrar. Ele também não tinha um pé, mas havia feito uma prótese, e andava normalmente. Ou quase. Estevão percebeu que ele mancava. Conversa vai, conversa vem, e ele dizia-se ser seu leitor constante e admirador. Estevão começou a testá-lo, pra ver se ele realmente lia seus livros. E não é que o filho-da-puta o lia mesmo? Perguntou-lhe também qual livro ele mais gostava, ele respondeu o último. Disse que era exatamente sobre esse livro que ele queria falar e que havia pego o seu endereço na editora. O inspetor ainda fez-lhe várias perguntas, de onde ele tirava suas idéias, se não eram baseadas em ninguém, e disse que tinha uma coincidência trágica, e falou sobre o assassinato de uma mulher no Jardim Paraíso, do mês passado. Mas ele não sabia de nada, pois não lia jornais. E a coincidência era que com o sangue da mulher morta esfaqueada, o assassino teria escrito coisas na parede em grego, curiosamente, como a história de seu último livro. Mas não passavam de coincidências, estranhas, mas coincidências. Depois de muita conversa, o inspetor ainda lhe pergunta se ele já estava escrevendo outro livro, e ele disse que sim. Que era a continuação do último, o Ritual Macabro. Com o mesmo herói, Conrad e com o mesmo vilão, o grego. Estevão conta-lhe o que já escreveu, até que Macieira despede-se, já estava tarde.
Depois da cena final do seu último livro, Conrad passa alguns messes num hospital. Quando começa o novo livro, ele está pronto pra sair do hospital. Recebe uma visita de uma mulher, linda, linda, linda, chamada Linda. Ela traz um envelope com dinheiro, dez mil dólares e um bilhete. O bilhete é do grego escrito apenas, “não desista”. Quando ele vai perguntar para a mulher o que significa aquilo, descobre que a mulher não está mais ali. Ninguém sabe quem é ela ou de onde ela veio. Ele sai do hospital, e sente uma grande nostalgia do mar. Procura Hennessy, seu melhor amigo, da Interpol. Diz a ele que vai tirar umas férias, que está enjoado de tudo e compra uma passagem para um cruzeiro de luxo. Lá, ganha uma aposta com um jogador de pôquer fanático, Mabrik. Um famoso negociante e vendedor de armas, conhecido entre o mundo da máfia. Mabrik fica lhe devendo um favor. Conrad também encontra Linda novamente. Sobre a brisa do mar, no lado de fora do navio, ouve-se uma voz suave cantar, é ela. Conrad queria saber onde o grego estava dessa vez, e sabia que ela tinha informações. Passa a noite com ela, uma “trepada” de muitas páginas. E descobre que o grego estaria agora com Ann, sua doce Ann. A jovem médica que queria casar com Conrad, mas que ele rejeitou, porque não queria envolvê-la na sua vida perigosa e instável. Conrad consegue que Mabrik traga um helicóptero de Chipre, ao navio. Para ir até Nova York atrás de Ann, já que ele o devia uma. Chegara a Nova York no começo da noite. De londres, telefonou para o escritório da Interpol em Nova York. Ficou sabendo que encontraram Hennessy morto no seu apartamento. Foi degolado e o criminoso depois escrevera uma palavra com seu sangue, na parede. “Anangke”. Necessidade cega. Conrad sabia que era mais uma do grego. Ele mata por necessidade cega. Ele mata porque precisa matar. Conrad alugou um carro no aeroporto de Kennedy e seguiu para casa de Ann, em Long Island. Sem sequer parar de pensar um segundo em Ann, em que ela não estava mais segura a essas horas. Ele estava certo. Mas a vida de Ann foi poupada.
O grego já tinha entrado na casa, e já tinha a faca na mão. Ele amarrara e amordaçara. E arrancara sua roupa. O grego desenhou a palavra “Omphalos” com a ponta da faca na barriga de Ann, de cima para baixo, de modo que o primeiro “o” era um círculo em torno do umbigo. Conrad nunca vira Ann, sua doce Ann, nua, por isso aquele gesto, abrindo o robe para que pudesse examinar a sua ferida quando chegou em sua casa. E ao mesmo tempo a ferida era uma estigma. O Grego vira a nudez de Ann antes dele. Conrad jamais veria o ventre de Ann na sua pureza original. O Grego apenas dissera que aquilo era uma mensagem para Conrad. “Ele saberá onde me encontrar”, dissera o Grego. Conrad pediu desculpas a Ann. Ela era a causa daquela tragédia, daquele horror que acabara de ver. Se tivesse matado o Grego aquilo não teria acontecido (Conrad já teve uma oportunidade mas não o matou). Mas agora perseguiria, e o mataria. “Não vá”, disse Ann, agarrando-se a Conrad. “Fique comigo!” Mas Conrad precisava ir. Aquela seria sua última aventura, ele prometia. Depois ficaria com ela para sempre. “Mas é o que ele quer, insistiu Ann. Ele é um louco, tudo isto para ele é um jogo, uma charada sangrenta feita por uma mente doentia, fique comigo!” O destino do Grego e o dele eram a mesma coisa, a charada era um designo antigo, o jogo era um jogo proposto há tempo, por outra mente obscura. Que jogo? “Só saberemos quando ele terminar”, disse Conrad. Talvez eu ganhe, talvez não. Mas preciso descobrir qual é o jogo. Ann foi para a casa dos pais no interior. Depois de comprar sua passagem, e ajuda-la a embarcar, Conrad foi para Manhattan. Ele mantinha um apartamento em Nova York. Conrad apenas tomou um banho rápido e saiu para as ruas. Só conseguia pensar em Hennessy degolado, e na barriga marcada de Ann e na obsessão do Grego. Passava da meia noite. Conrad vai até um bar perto do Times Square, o umbigo de Nova York. O bar não tinha nada de extraordinário mas servia seu uísque Glenlivet e seu gelo era redondo.Uma velha e um cara se metem em sua conversa com Conrad e o barman. Conrad só fica mais confuso. “Umbigo. Dor. Parto. A marca do parto. Geração. Gerações. Pais e filhos”. Uma discussão, e um enigma talvez sem fim.
“Meu sobrinho ta com remela dura” diz dona Maria ao chegar ao apartamento de Estevão. Ele joga seu café fora. Ao escrever sua aventura com Conrad, Estevão também fala muito de seu pai. De seu pai e de sua biblioteca. Seus dois irmãos, e a vontade que tinha em conhecer o mar quando era pequeno. O inspetor Macieira fez-lhe outra visita. Agora para anunciar a morte de Lília. Estevão tinha dado sua falta no dia seguinte mesmo, mas ficou muito, muito surpreso. Ele fora degolada. Quando Macieira bate na porta do casebre onde Lília morava, ele só ouviu o barulho de alguém se arrastando pelo chão. E outro barulho como de um gargarejo. Depois o barulho de um móvel caindo. Lília estava estendida no chão. Atrás dela, um rastro de sangue. Como um véu de noiva, um lençol de sangue. Ela tinha se arrastado até perto de uma mesa e virado a mesa. Em cima da mesa tinha livros. Livros de Estevão. Mesmo com o pescoço aberto, mesmo esguichando sangue do pescoço, ela teve forças para se arrastar até a mesa, derrubá-la e pegar um dos livros, marcando uma página. Estevão nem sequer sabia a cor dos olhos de Lília. Mal falava com ela. Sabia que ela também limpava a casa do Macieira e só. Macieira alega que esse crime teria acontecido conforme a morte de Ann no seu livro. Mas Estevão conta que decidiu não matá-la no seu livro, como havia dito para ele na sua última visita. Coincidências e mais coincidências. Macieira faz acusações, mas nada faz sentido. Estevão ainda diz que isso era absurdo, só porque Macieira teria lido suas histórias de quinta categoria, que por sinal falam de um crime igualzinho ao do Jardim Paraíso. “O autor inclusive fala na frase escrita em sangue na parede, coisa que ninguém sabia, pois a imprensa não deu, coisa que só a polícia e a faxineira sabiam. Além, claro, do próprio assassino. Macieira visita o autor do livro. Descobre que a faxineira que apagou a frase da parede é, por outra incrível coincidência, faxineira do autor. Macieira vai visitar a faxineira para descobrir qual é seu papel na trama. E então..”
Depois de mais um bom tempo de conversa, Macieira finalmente vai embora. Estevão pensa com satisfação: puxa, ela lia os meus livros. Chegou até desejar que a história do Inspetor fosse verdade só para que aquilo também fosse verdade. Ela o lia. Certamente sabia a cor dos seus olhos. Talvez até o amasse. Lília, Lília. Mas, ao trabalho. Estevão volta para sua máquina de escrever.
Conrad depois de muito pensar, resolve ir atrás de Vishmaru. Seu mestre. Que também poderia estar correndo perigo. Pegou um táxi para o aeroporto novamente, e de lá um avião para Londres. Ao chegar, vai do aeroporto pata estação de trem. Pegou o trem que o deixaria perto da casa de Vishmaru. Chegando lá, nem sinal do grego. Mas Vishmaru não estava, teria ido a um encontro importante na cidade. Diz Kabal, uma mulher que morava junto com ele na mansão, dando-lhe junto um envelope que fora entregue no portão naquela tarde. No papel, uma frase: "Essa noite, aja naturalmente". Depois uma palavra, "Sassur". Depois, a frase: "Às vezes só o que é preciso para desvendar um mistério é olhar para frente." E por último: "Ephifania: a última lição". Novamente o grego com seus jogos."Sassur". Conrad sabia que era o nome mágico das nove horas da noite. No trem de volta para Londres analisando o papel que o grego lhe deixara, começa a se perguntar: - Onde? Quando? Às nove horas, certo. Mas em que circunstância ele deve agir naturalmente? Ele deve fazer o que faz toda vez que chega a Londres, seria isso? O Slings and Arrows, o único pub de Londres com gelo redondo. Sim, era onde ele ia todas as noites. Agir naturalmente, em Londres, só poderia ser lá. Chegou ao seu pequeno apartamento em Londres, tomou um banho e seguiu para o Slings and Arrows, mas nem sinal do grego. Impaciente, sem ao menos ter comido nada ao sair de casa, (estava horas sem comer) começa a olhar em volta, procurar alguma pista, eram cinco pras nove. De repente, Conrad lembrou-se de uma coisa. Bem em frente ao bar, do outro lado da rua, tinha um restaurante grego. Como era o nome do maldito restaurante? Saiu para fora, e ali estava o restaurante. Bem em frente. Seu nome era Omphalos.Conrad entrou no restaurante, a iluminação era azul. O maître aproximou-se e perguntou se ele tinha reserva. Conrad não sabia, disse seu nome e o maître diz: - "Ah sim, Mr. James, às nove horas. Mesa pra dois. Seu amigo está lhe esperando." O grego estendeu-lhe a mão, mas Conrad não apertou. Sentou-se. Não quis comer. Foi uma longa conversa. Os enigmas, as charadas, o porquê de tudo isso. O porquê de matar as pessoas que Conrad mais gostava, tudo. O grego diz que elas precisavam morrer, e que agora era a vez de Conrad. Pediu para ele olhar para a mesa do fundo, e encontra Vishmaru, sorrindo bondosamente, com mais um e Mabrik, o negociante de armas. E Conrad levanta e vai até a mesa deles. E então, Conrad viu pela expressão dos três na mesa que alguma coisa muito feia tinha acontecido às suas costas. Quando se levantou e virou para trás já com a arma que tinha no blazer, viu muitos homens correndo na direção da escada, virando mesas e cadeiras, e viu o que os tinha espantado. O corpo do Grego estava estendido no chão, com uma faca na mão. A faca que ele enfiaria na nuca de Conrad se não tivesse sido interrompido pelo assistente de Mabrik, e que estava em pé ao lado do corpo, segurando uma foice. O corpo do Grego estava sem cabeça. Conrad procurou a cabeça do Grego com o olhar e finalmente localizou em cima de uma mesa, exatamente sobre uma travessa de carne de cordeiro. Macieria ainda fez mais uma visita à Estevão. Dessa vez, anunciando a morte do seu velho jardineiro, seu Joaquim. A editora viria na próxima semana para buscar seu último livro. Estevão enfim conta como perdeu o pé, conta do acidente na casa da praia de seu irmão. Conta da morte do pai, e que ele tinha traído sua mãe. Sem perceber, o que Estevão escrevia em seus livros de quinta categoria, era basicamente toda a sua vida real. Histórias e mais histórias. Seus livros empilhados em seu apartamento e a solidão. Estevão não sabia quando Macieira voltaria novamente, só sabia que havia um assassino solto na cidade. E o que ficava era o medo, medo de pensar que um dia alguém poderia bater a sua porta, e ele fosse o próximo.

Apenas é um resumo do livro O Jardim do Diabo - Luis Fernando Verissimo.
Trabalhinho de literaura, feito por mim. Resolvi postar.
Besitos ;**

segunda-feira, 8 de outubro de 2007

Eu encontrei, quando não quis mais procurar o meu amor!

"Conto os minutos pelo momento de nosso reencontro,
quando em paz nao ligarei mais para o tempo e apenas serei eu, aproveitando a tua companhia...
trancados em um cofre tomando café.

[ Quando não houver mais porque sentir saudade,
ainda assim sentirei saudade.
A saudade de ter pelo que sentir. ] "

Pelo meu poeta e agora compositor tbm. haha =)

"Ah, vai! Me diz o que é o sossego
Que eu te mostro alguém
A fim de te acompanhar
E se o tempo for te levar
Eu sigo essa hora, pego carona
Pra te acompanhar "

Los Hermanos - Morena


Postado por mim, às 17:59. Kisses!

quinta-feira, 27 de setembro de 2007

Ele pensa nela, ela tem saudade..

Bidê Ou Balde - Mesmo Que Mude

Ela vai mudar,
Vai gostar de coisas que ele nunca imaginou
Vai ficar feliz de ver que ele também mudou
Pelo jeito não descarta uma nova paixão
Mas espera que ele ligue a qualquer hora
Para conversar
E perguntar se é tarde pra ligar
Dizer que pensou nela
Estava com saudade
Mesmo sem ter esquecido que
É sempre amor, mesmo que acabe
Com ela aonde quer que esteja
É sempre amor, mesmo que mude
É sempre amor, mesmo que alguém esqueça o que passou
Ele vai mudar,
Escolher um jeito novo de dizer "alô"
Vai ter medo de que um dia ela vá mudar
Que aprenda a esquecer sua velha paixão
Mas evita ir até o telefone
Para conversar
Pois é muito tarde pra ligar
Tem pensado nela
Estava com saudade
Mesmo sem ter esquecido que
É sempre amor, mesmo que acabe
Com ele aonde quer que esteja
É sempre amor, mesmo que mude
É sempre amor, mesmo que alguém esqueça o que passou
Para conversar
Nunca é muito tarde pra ligar
Ele pensa nela
Ela tem saudade
Mesmo sem ter esquecido que
É sempre amor, mesmo que acabe
Com ele aonde quer que esteja
É sempre amor, mesmo que mude
É sempre amor, mesmo que alguém esqueça o que passou


~> é sempre amor mesmo que mude?
eu vou mudar. vou gostar de coisas que ninguém nunca imaginou.
já não sei se tenho forças, mas vou tentar.
tem coisas que eu não quero mais saber o pq, no tempo não quero voltar nunca mais.
e o meu futuro, só Deus dirá.
By me. 18:01 h

quinta-feira, 30 de agosto de 2007

Meu passado e meu futuro, tudo vira bosta!

Um belo dia resolvi mudar
E fazer tudo o que eu queria fazer
Me libertei daquela vida vulgar
Que eu levava estando junto a você
E em tudo que eu faço
Existe um porquê
Eu sei que eu nasci
Eu sei que eu nasci pra saber [...]

Rita Lee falando por mim :)
alguém quer café?

por aleh às 14:26h.

domingo, 5 de agosto de 2007

Não dá para controlar, não dá. Não dá pra planejar.

Mudei, optei pelo convencional, inovei. Ajudei quem podia, pisei em quem merecia, ao meu lado guardei apenas quem valia, e são poucos. Perdi graça em acreditar que palavras são suficientes, moldam ou constroem. Palavras nada dizem, nada sobre ti. Aprendi que com elas apenas formarei pessoas - e eu optei por aprender a vivê-las. Deixei de acreditar na busca constante de respostas, descobrir novas perguntas pode ser bem mais instigante. E, sinto muito, mas eu não sinto pouco. "E o medo de quebrar a cara, Alessandra, onde tu deixou?" Deixei enterrado, muito obrigado. Quem garante que não o faria ao tombar com o próximo muro que encontraria pela frente? O único medo que encontro por aqui é o medo de algum dia deixar de sentir por medo. E fácil te diria: quem deixa de sentir, deixa de viver. Perdi graça, perdi tudo, perdi nada e só aí descobri a graça em novamente tentar.

Eu não sei, eu sinto.


Lobão - Rádio Blá

Ela adora me fazer de otário
Para entre amigas ter o que falar
É a onda da paixão paranóica
Praticando sexo como jogo de azar
Uma noite ela me disse "quero me apaixonar"
Como quem pede desculpas a si mesmo
A paixão não tudo tem nada a ver com a vontade
Quando bate é o alarme de um louco desejo
Não dá para controlar, não dá
Não dá pra planejar
Eu ligo o rádio
E blá, blá, blá, blá, blá, blá
Eu te amo
Sua vida burguesa é um romance
Um roteiro de intrigas
Pra Fellini filmar
Cercada de drogas, de amigos inúteis
Ninguém pensaria que ela quer namorar
Reconheço que ela me deixa inseguro
Sou louco por ela e não sei o que falar
O que eu quero é que ela quebre a minha rotina
Que fique comigo e deseje me amar.

Por Aleh às 23:24 . Bjos.

segunda-feira, 30 de julho de 2007

-Deixa ser, como será.

e se eu fosse o primeiro a voltar pra mudar o que eu fiz.
quem então agora eu seria?
ah tanto faz! e o que não foi não é, eu sei que ainda vou voltar.
mas, eu quem será?
deixo tudo assim, não me acanho em ver vaidade em mim.
eu digo o que condiz, eu gosto é do estrago.
sei do escândalo e eles têm razão, quando vem dizer que eu não sei medir, nem tempo e nem medo.
e se eu for o primeiro a prever e poder desistir do que for da errado?
ah ora, se não sou eu, quem mais vai decidir o que é bom pra mim?
dispenso a previsão.
ah, se o que eu sou é tambem o que eu escolhi ser, aceito a condição, vou levando assim.
que o acaso é amigo do meu coração, quando falo comigo, quando eu sei ouvir.
então tentar prever serviu pra eu me enganar.
deixa ser, como será.

:)
café, ao som de Franz Ferdinand.
hu vidinha, hsauishu é.
:*

domingo, 29 de julho de 2007

a onde foi parar as verdadeiras personalidades das pessoas que eu achava que realmente conhecia?

momento pós festa, onde bate aquela reflexão do caralho.
odeio isso.
sim, to meia tonta. comendo algumas porcarias, ouvindo música, sem sono e com os pés inchados.
frio, muito frio.

queria conseguir intender certas coisas. não, certas coisas não. certas pessoas.
tá certo que cada um tem a sua personalidade, e tem coisas que nada e nem ninguém vai muda na pessoa. mas eu que prefiro deixar tudo queto, acomodado, talvez até de um geito meio preguiçoso, mas simples. não preciso provar pra ninguém o que eu não sou, e nem posso ser. e ninguém vai tirar o espaço de ninguém, ninguém é mais que ninguém. a onde eu to querendo chegar? no fato que tem pessoas que me passam a impresão de que precisam fazer algo pra pode dizer pros amigos "sim, eu fiz isso, eu so o bom" não seria bem isso, mas sei lá. ou então não pra dizer isso, mas pra ter uma certa "fama", intende?
ai, que viaje. as vezes eu queria conseguir me preocupar menos e gostar menos de certas pessoas. o problema é não conseguir. eu queria saber onde foi parar as verdadeiras personalidades que conheci. ou talvez não. falta de aviso não foi. sabe, a certa fama? poisé.
talvez por impulsos, ou certas sensações. não não não. isso tá fora de cogitação. essa é a maior razão, o lado bom. nao tem talvez na frase. palavras que iludem, palavras que ferem, quando sabe-se que são mentiras. e o pior é que tem um lado meu sempre querendo acreditar, e que sempre acredita. ohvida. que coisa mais sem fundamento.
é, eu sei. daqui alguns anos, eu vou estar rindo de certas situações bizarras assim.
mas poderia ser mais fácil né. o caso é que eu acredito que sei dar valor as pessoas que quero bem. já outras não.

enfim.
eu dancei funk até o chão hoje. e gravatas são legais :)
são 4 horas da manhã, esse horário do blog tá completamente errado.
beijos.

quinta-feira, 12 de julho de 2007

-As pessoas enlouquecem calmamente, viciosamente e sem prazer;

Frio, livros, rock 'n roll e café.
eu adoro ficar sozinha no meu canto.
por mais perdida com tudo, tem momentos que eu me encontro.

Lobão - Vou Te Levar
Pensar em tudo que se passou,
que se pode sonhar e não realizou
a vida tentando escapar
mas não por agora
Ao mesmo tempo tanta coisa se amou,
se refez, se perdeu, se conquistou
retratos estampados do nosso amor
em preto e branco pregados na parede
revelando pra sempre a gente,
nosso orgulho um do outro, olhando pra lente,
como quem disesse: não queremos mais nada nesse mundo
E que me lembrasse, a cada instante
que valeu a pena cada lance
e que valerá tenha certeza, pra toda vida...
Vou levar, vou te levar
pra onde for, vou te levar
vou levar, vou te levar
pra onde for, vou te levar

-Tem músicas do Lobão que falam por mim :)
o título do post é otra música dele.

beijos ;**

domingo, 8 de julho de 2007

-Chorei até ficar cansada, de ver os meus olhos no espelho.

Ta bom que esse post vai ficar meio emo, mas eu resolvi fazer de novo um blog pq eu precisava escrever, precisava desabafar.
É certo que não vou contar os mínimos detalhes da minha vida, afinal, já tive problemas com certos posts. Então, não venha me criticar por algo que você não entendeu do que eu escrevi aqui. Se ler, obrigada. É ótimo saber que alguém se preocupa tanto com os meus acontecimentos, angustias, críticas, medos, desejos, loucuras, alegrias...

Enfim, agora eu passo por um momento diferente de todos que já vivi na minha vida.
Até pouco tempo eu achava que era conto de fadas, sabe? Haha. Às vezes a gente cai do cavalo. (ah vezes? Sempre. Posso fazer a conta desses tombos). Eu sabia que o tombo seria feio, sabia que eu ia me machucar, sim, e muito. Mas sabe a palavra ilusão? Poisé, nunca gostei dela. Estar iludida é bom as vezes, outras já acho que não.
Eu cheguei no meu limite.
Nunca senti nada parecido, nunca gostei tanto, nunca foi tão forte. NUNCA.
Eu não tenho uma vida de futura publicitária, não tenho responsabilidades, não tenho que me virar, muito menos moro sozinha. Sim, eu sou escrava dos meus pais recentemente separados, dependo deles pra tudo. Acho que isso que faz com que as vezes (sempre) tenha vontade de jogar TUDO pro alto, e me entregar de braços abertos pra esse sentimento.Tudo bem, não é assim. Não pode ser assim. Mas é a vontade que eu tenho, até pq eu não do valor pra certas coisa que talvez daqui uns 4 anos eu dê. Péra aí, talvez não. Eu tenho certeza disso.
E no fundo, eu não passo de uma sonhadora idiota. Uma criança que ainda tenta aprender com os seus próprios erros, e que obvio, não é perfeita. Haha, e nem quer ser! Não posso querer quebrar essa barreira e fazer com que o tempo passe mais rápido. Que certas coisas que estão longe de acontecer, aconteçam depressa, ou seja, agora.
Eaí, certas coisas (meio absurdas?) passam pela minha cabeça, que simplesmente cansou, se esgotou de pensar nesse fim de semana... Eu não sou boa o bastante? Eu preciso ser motivo de piada da cidade inteira? Ohcels. Precisava se rebaixar tanto assim, me esculachar tanto? [...] sem comentários...
Mentir? Inevitável, eu já menti muitas vezes, vocês já mentiram. Enganar? Nunca. Certas coisas eu não tolero, não suporto, não perdôo. Eu sei, posso estar falando o que não sei, o que não devia, e me arrependendo de cada palavra que eu escreva aqui. E se o que eu quero que não acabe, e sim, acabe, eu sentirei a maior culpa, e arrependimento do mundo. Por mais perdida que eu esteja, se sentir arrependida é pior ainda, horrível.
Chega.
Como diz a minha amiga Jaque (saudades enormes)
“eu quero dizer ‘eu te amo’ só quando estiver no altar, casando, com certeza do que eu quero pra minha vida, aí sim...”
As vezes isso fica engasgado na minha garganta, mesmo muitas pessoas falando da boca pra fora, e com mais freqüência do que quando estão bêbadas.(...)

“deixa eu brincar de ser feliz, deixa eu pintar o meu nariz..” Los Hermanos.
O preço da felicidade as vezes custa caro, muito caro.

Ao som de:
Armandinho – Outra noite que se vai
Como tudo começou. [...]
Título do post:
música que eu toco no violão: Titãs – Flores
aproveitando pra mandar um beijo pra prof. Gadi, de Santa Cruz.

Bom início de semana a todos, beijos.